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A questão ambiental está cada vez mais em pauta. Ao comprar um eletrodoméstico, sempre vem a informação de que estamos adquirindo um produto com pouco consumo de energia. E em nossas contas de água há a conscientização de que precisamos reduzir o consumo senão pagaremos mais caro. Ou seja, hábitos sustentáveis estão deixando de ser algo novo. Muito pelo contrário, estão se tornando práticas obrigatórias exigidas pelos governos e instituições.

Sabe quando tudo isso começou?  Na década de 1990, período em que foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – ECO 92. O evento tinha o objetivo de discutir os problemas ambientais em âmbito mundial. Com isso, as empresas deixam de ser vistas apenas como instituições que têm o intuito de criar bens de consumo e passam a ser reconhecidas como organizações geopolíticas com responsabilidades socioambientais.

Com isso, surge um cenário de implementação de políticas, mecanismos, exigências e regulamentação de práticas ecológicas e socioambientais dentro das empresas. Nascem os Sistemas de Gestão Ambiental – que têm o objetivo de elaborar programas para o desenvolvimento de tecnologias, revisão de processos produtivos, estudo de ciclo de vida dos produtos e o desenvolvimento de “produtos verdes” – que buscam cumprir imposições legais, aproveitar oportunidades de negócios e investir na imagem institucional.

Dentro das normas ambientais que surgiram, a mais bem-sucedida ao redor do mundo é a ISO 14001. Que foi lançada em 1996, quatro anos após a ECO-92, com a finalidade de estimular empresas a implementar controles ambientais, por meio de sistema de gestão ambiental.

A norma foi lançada em 1996, e de lá para cá novas versões foram feitas para acompanhar as mudanças de gestão ambiental que acontecem no mundo. Atualmente, a certificação está na 3ª versão – mais contemporânea, alinhada à estratégia de negócio das empresas e facilmente adaptável a outros sistemas de gestão como ISO 9001).

LINHA DO TEMPO

1996 – Lançamento da Primeira Versão da Norma ISO 14001.

2004 – Lançamento da Segunda Versão da Norma.

2012/2013 – Respostas a um inquérito sobre a ISO 14001 realizado durante este período levaram às mudanças necessárias na norma.

2015 – Lançamento da terceira versão da ISO 14001:2015 e início do período de transição.

Setembro de 2018 – fim do período de transição.

Conheça a Certificação ISO em nosso artigo: Certificação ISO: qualidade, eficácia e desenvolvimento

Quais serão as mudanças que a IS0 14001 fará na minha empresa passar?

Legislação ambiental-  principal alteração que a organização terá com a norma. Os gestores passam a conhecer todas as legislações que são aplicáveis ao seu negócio para implementar políticas e medidas para atendê-las e estar de acordo com as legislações ambientais e assim reduzir os riscos de processos e ações judiciais.

Controles ambientais- para se obter essa certificação é necessário que a empresa estabeleça controles operacionais em um sistema de gestão ambiental de forma que esses controles estejam de acordo com as legislações ambientais, mas sejam implementados de forma separada. Por exemplo, lançamento de efluentes líquidos, efluentes gasosos, gestão de resíduos e recicláveis, entre outros.

Como essa certificação contribuirá com os meus negócios?

Sabemos que no mundo empresarial o fator econômico é muito importante. Ao conseguir ser uma empresa certificada, a rentabilidade da sua empresa aumentará, porque:

• A sua empresa demostrará estar de acordo com os requisitos regulamentares atuais e futuros. Conquistando mercados e novos investidores.
• Terá o envolvimento da liderança e dos colaboradores no apoio aos objetivos da organização.
• Melhora na reputação da empresa e a confiança entre stakeholders (públicos de interesse).
• Aumento da eficiência e redução dos custos por meio da integração das questões ambientais nas estratégias de negócio.
• Melhoria contínua do desempenho ambiental da organização.

Lembrando que com a atual conjuntura do mundo, ser uma empresa que atenda às normas ambientais não será mais um diferencial, mas sim uma obrigação. Da mesma forma que as empresas de eletrodomésticos estão tendo que desenvolver produtos mais econômicos e sustentáveis devido à exigência da legislação.